Por onde andaram esses sapatos?
Que chão pisara antes de te conhecer?
Em quem pisou? Poderosos, submissas, drogados, prostitutas, homens de família?
Por cima deles, inúmeras calças com barras puídas repousaram...
Eles não têm memória, esquecem de amarrar seus cordões.
Também não sabem se virar, em que buraco entrar e sair, de forma cruzada ou não.
Ignoram o que muitos queriam saber.
Na sua inocência, embaixo da cama depois de dias perambulando a esmo,
Não se deram conta dos ruídos, dos movimentos, dos gritos, espasmos e orgasmos.
Hoje, de solados gastos, eles vão pro lixo.
Sem me contar nada da sua vida.
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