domingo, 3 de novembro de 2013

Boiar

Ai, meu deus! O que será de mim?
Não faço ideia se me especulo e sou ao mesmo tempo.
Mantenho a calma, medito, rezo, bebo, durmo
Corro, choro, me recomponho e me destruo.
O que tem me acontecido eu só vou saber depois.
Agora estou muito envolvido nessa tarefa de existir.
Abençoado por anjos e atormentado por demônios.
Atrapalhado nos percalços reais e imaginários.
Entretido com os mínimos prazeres.
Tudo isso me toma tudo, tudo isso me custa a minha vida.
Não tenho dois tempos e nem sei me dar certa distância.
Como poderia eu mesmo saber o que será de mim
se exatamente o que sou é essa ignorância?
Estou em alto mar abraçado em um barril.
Há os dias que penso estar bem próximo de uma praia.
Em certas noites solitárias tenho a certeza do meu fim.
Só o tempo vai mostrar, o que por ora não dá para saber.
Em matéria de viver o negócio é boiar.
Principalmente quando o assunto é o que vai ser.

2 comentários:

  1. Lindo esse poema ! Muito bom o blog e porra Renato, tive que descobrir isso aqui quase que sozinho. Aliás, cadê tu no face ? Parabéns, os poemas tão muito bons, quando crescer quero ser igual a você, rs. Abraço !

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