quinta-feira, 10 de junho de 2010

vinte e três

O tempo é um demônio.
Nada tem de bondade nesse senhor que a humanidade atribui ações milagrosas e balsâmicas.
Essas não são frutos dele, e sim do hábito.
Ele é um sado debochado.
Quando muito dele se precisa, ele se vai depressa.
E nos menores instantes que seja de tédio ou mal estar ele se prolonga à eternidade.
O tempo é um construtor de monstros, um destruidor de lares, uma borracha fraca, mas constante, de memórias.
O tempo é um assassino.
Levará com ele a existência de tudo e de todos para o limbo da não-essência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário