quinta-feira, 26 de maio de 2011

No titte at all

Ela se encostou na parede tirando o chapéu, que o sol há tempos se pora, embora conservasse os óculos e dali reagia. Se contorcia na parede de frente para o outro, que estava sentado de costas pra ela. Nas frivolidades desse outro e filosofias de botequim proferidas arbitrariamente, algo nela se abria e a expunha de uma forma espiritual e que ela não entendia. Teve pânico e medo, deixou cair-se tendo sua queda amortecida pelo atrito da parede de chapiscos e a sua camisa de lã. Nesse instante quase desmaiou, quando para anunciar algum novo feito de alguma outra pessoa, esse outro a viu semi-acordada no chão deitada com o queixo encima do peito e as pernas abertas no chão. Esse outro perguntou:
- O que fazes aí?
- Nada.
- O que você tem?
- É que até agora você não parou de falar merda.
Disse ela bem fraca mas aos poucos recuperando forças para conseguir levantar.

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