terça-feira, 30 de março de 2010

Niterói, 14 de Maio de 2009

Uma tarde em um bar de Niterói há quase um ano, minha querida amiga Patrícia Machado escreveu isso no meu caderno sobre mim. Como quase perdi em um assalto, vou deixar aqui registrado e não precisar mais depender da boa vontade dos maus homens em suas motos e seus velhos revólveres gastos que talvez nem funcionem mais.

Niterói, 14 de Maio de 2009

Envolto nas paredes e seus azulejos. Pensei no futuro, no tempo, no escuro, no ganhar e perder de tudo.
Acreditei nas minhas ideiais
Nas bolhas do copo
No vestido solto
Nas cadeiras sem gente
Nas carnes sem dente
Pensei no vai e vem dos burros, nos fiscais da natureza e seus saltos.
Depois de vários copos de entorpecentes, pensei se sou eu ou uma janela de mim, se sou ou não, uma sucessão pobre se sins.
Envolto nas paredes dessa caixa de um bar, de um lar que me envolve, sou quem sou sem ser, e que quer, sem querer...
Me trago assim por esses caminhos estranhos, na contramão do meu destino que me espera, na solidão de um Eu que mais sonha no sonho na escuridão de quem espera.
Assim sou eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário